O tempo.
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Em conversa com a Marcela - minha amiga e confundida como irmã mais velha quase sempre -, uma frase em meio a tantas me chamou atenção. A Marcela entra na minha viagem, eu entro na dela. Juntas, não levantamos da mesa do café da manhã sem tratar de todos os assuntos possíveis.
Mas, como nunca, ela olhou sério para mim e enfatizou o que acredita: “o que temos de mais precioso na vida é TEMPO. É egoísmo pensar que você está no mundo só para comer e dormir. Nós precisamos fazer a diferença”. Sim, precisamos. “Seja a mudança que você quer no mundo”, já disseram.
Acontece que essa frase martelou na minha cabeça por várias horas após a conversa. Tempo. O que estou fazendo com meu tempo? Estou realmente usando ele a meu favor? Estou “ajudando” alguém com o tempo que tenho? Estou ME ajudando? Estou fazendo o que amo?
Por exemplo: eu amo escrever o que sinto. Deixei isso de lado porque, segundo alguns, não engaja, é papo palestrinha, é textão que ninguém quer ler, é um português coloquial demais. Não que eu siga muito as regras de conduta, mas muita coisa deixei de fazer simplesmente porque incomoda o OUTRO. E esse outro, ah… o outro. Seria tão simples se pensássemos menos nele e mais no nosso tempo.
Engraçado que, por fotografar tantas mulheres na terceira idade, eu achei que entendia mais do tempo. Entendo é nada. Ele passa e está passando enquanto passo os stories do Instagram, os vídeos do reels.
Sim, os algoritmos do Instagram nos fizeram acreditar que precisamos produzir conteúdo poderoso - e obras de arte - todos os dias (essa postagem doeu, né?). Sabem por quê? Porque o tempo passa, nosso brilho também, nosso “momento também”.
Mentira. O que passa é o tempo que perdemos fazendo o que não amamos, aturando gente que não gostamos, respondendo com meias palavras quando queremos mandar a real.
Então, não sei vocês, mas ando repensando meu tempo. Uma palavra tão pequena, com um peso gigante.
Desejo que aproveite bem seu tempo, do jeito que você gosta e quiser.