Dica de livro: Em louvor da sombra, de Junichiro Tanizaki
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Toda fotografa/artista tem um pézinho no Japão. Artistas do impressionismo, principalmente, beberam muito da fonte do japonismo, inclusive o queridinho de muita gente, Van Gogh. Ele foi um dos principais nomes do pós-impressionismo influenciado pela cultura japonesa. Klimt, meu preferido, também foi um dos caras que retratou muito do oriente em suas obras.
Nós aprendemos, direta ou indiretamente, com artistas que foram fortemente influenciades pela cultura japonesa e muitas seguem se expressando com princípios do japonismo que, acima tudo, é um estado de espírito.
Nessa rápida leitura, o autor mergulha na cultura nipônica e reflete sobre um elemento central da cultura japonesa: o contraste entre a penumbra e a claridade.
“(…) nós acabamos distorcendo nossa própria arte para que ela se ajuste às máquinas.”
“Da mesma maneira que uma gema fosforescente brilha no escuro mas perde o encanto quando exposta à luz solar, creio que beleza inexiste sem a sombra.”
“Escrevo porém estas coisas por ter a impressão de que em algum lugar, quem sabe no campo da literatura ou das artes, resta-nos um caminho capaz de invalidar as já referidas desvantagens. Eu mesmo quero chamar de volta, pelo menos ao campo literário, esse mundo de sombras que estamos prestes a perder.”